Michael Marder, da EHU-UPV, fala sobre sua pesquisa
Michael Marder é doutor em Filosofia pela New York School for Social Research, autor de mais de 15 livros, além de possuir mais de 8 anos de experiência em universidades dos Estados Unidos, Canada e Portugal. Atualmente é professor pesquisador da Universidade do País Basco.
No dia 09/10/2018 ele esteve no Comunicon, na mesa Comunicação, consumos e políticas sobre a alteridade.
Memorial do Consumo: Você poderia falar um pouco sobre a sua pesquisa?
Michael Marder: Eu pesquiso vários temas. Os três maiores temas da minha pesquisa são: pensamento meio ambiental, principalmente sobre a vida das plantas e agora também essa questão de lixo; o segundo é filosofia política, especificamente a dimensão simbólica da filosofia política; e a última e a fenomenologia, a maneira da qual nós interpretamos e vemos o mundo.
Memorial do Consumo: Você pode falar mais sobre a importância da sua pesquisa para a sociedade como um todo?
Michael Marder: Eu acho que a maior importância é contribuir para o nosso autoconhecimento. Então não é só uma pesquisa acadêmica abstrata, mas através desses três temas eu estou tentando contribuir a outro conhecimento, de que somos como indivíduos, como cidade, agora nesse início do século XXI
Memorial do Consumo: E como tem sido o processo de sua pesquisa?
Michael Marder: Bom, o processo da pesquisa tem sido uma parte na solidão de ler e escrever muito, de dedicar muitas horas do meu tempo a isso. A outra parte é exatamente dar falas e ir a congressos, falar com os colegas, estudantes. Os seminários de pós-graduação também me ajudam muito, porque eu vejo quais os aspectos da minha pesquisa que fazem mais sentido às pessoas, que fazem mais sentido.
Memorial do Consumo: Quais tem sido os resultados de sua pesquisa?
Michael Marder: Bem, os resultados são os livros e artigos que estou publicando, mas também é importante levar a discussão ao debate público. Então outros resultados são seminários para meios de comunicação mais abrangentes, como jornais, tipo a Folha de São Paulo, New York Times e The Guardian. Então não só interpretar o mundo, como diz Marx, mas tentar mudar o mundo para melhor. E não podemos mudar o mundo sem influenciar um pouco a opinião das pessoas fora do mundo acadêmico.