Cosplay: prática social, memória e consumo

Foto do evento Anime Dream 2013 por Diego Maryo
Foto do evento Anime Dream 2013 por Diego Maryo

A doutora e professora do PPGCOM, Mônica Nunes, passou três dias imersa no evento Anime Dreams 2013 como parte do campo do seu trabalho “Pesquisa Comunicação, Consumo e Memória: Cosplay e Culturas Juvenis”, apoiada pelo CNPq. Ao longo desse projeto, a pesquisadora visitou diversos eventos de cultura cosplay para compreender a relação entre jovens e essa atividade performática – com recorte para as relações de consumo e memória de “nicho cultural”. No evento retratado neste paper, Mônica realizou 29 entrevistas em profundidade, além de uma observação intensa que gerou 40 imagens e esgotou suas energias. Os dados coletados em campo serviram de base para uma investigação teórica que utilizou a teoria semiótica da cultura de Tártu-Moscou e estudos sobre consumo para analisar os aspectos da semiosfera emergente nesta cena cultural juvenil, como prática cultural, de significação e de sociabilidade.
 
O evento retratado no artigo ocorreu em São Paulo, dentro do colégio Marista Glória em janeiro de 2013. Nesta edição havia três categorias de competição: cos-desfile, play tradicional e play-livre. Na primeira, valia a fidelidade do traje do participação ao original. Na segunda categoria, a fidelidade do traje era acompanhada de uma encenação de um trecho da narrativa do personagem. E na categoria play-livre, os participantes eram livres para criar uma situação ou uma performance fora do contexto original do personagem. Os estudos do consumo se tornam relevantes para essa cena quando observamos que os trajes são complexos e específicos – demandando tempo e dinheiro desses participantes.
 
Em sua pesquisa, dra. Mônica investiga não só a relação dos jovens com esse universo, mas também a realidade prática envolvida – a circulação e o consumo dos objetos e insumos que compõem os cosplays. Ela retratou toda uma economia que gira em torno da prática cosplay, e longe de ser apenas um mercado, muitos negócios surgem da paixão e do sentimento de comunidade desses jovens. A dificuldade de se obter os insumos para a fantasia faz com que alguns desses jovens comecem a fornecer eles mesmos a outros cosplayers o que conseguiram criar. P
 
Para ler sobre isso e outros aspectos da cena cosplay, como sua relação com a memória social, acesse o artigo completo em: http://www.revistas.usp.br/significacao/article/view/79000/86415
 
E para acompanhar a evolução da cena, vale a pena acessa o site da mesma produtora do Anime Dreams de 2013, que acaba de realizar o evento de 2018. O site da empresa é possível perceber como o evento cresceu: http://animedreams.com.br/#
A foto que ilustra esta matéria foi retirada da seguinte página: https://fanzineexpo.wordpress.com/2013/02/06/galeria-de-imagens-anime-dreams-2013/#jp-carousel-1377

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