Estudar a mídia

A mídia isso, a mídia aquilo…desde que as redes sociais se tornaram também espaço de circulação de notícias fomos perdendo a nossa fé na objetividade e na precisão dos grandes veículos tradicionais. À época dos protestos de 2013 circulavam vídeos e fotos que sistematicamente desmentiam ou colocavam em xeque as afirmações dos grandes jornais.
Essa é uma das primeiras imagens que aparecem no Google quando digitamos "Haitianos Brasil"
Essa é uma das primeiras imagens que aparecem no Google quando digitamos “Haitianos Brasil”

Esse crise traz riscos graves, como estamos vendo agora as fake news sendo compartilhadas nos grupos de família do whatsapp. No entanto, também temos a oportunidade de avançar um pouco no que é chamado de alfabetização midíática, isto é, em tornar as pessoas mais habilitadas a “compreender as funções da mídia e de outros provedores de informação, a avaliar criticamente seus conteúdos e (…) a tomar decisões com base nas informações disponíveis.” (UNESCO)
O estudo científico da mídia é uma das formas de manter entendermos melhor como funcionam as notícias – e principalmente – como podemos nos relacionar de uma maneira mais madura com elas. No artigo que trazemos em destaque, a professora Dra. Denise Cogo aplica um método para mapear, selecionar e analisar 162 reportagens sobre os refugiados haitianos no Brasil. Seu objetivo é ter bases mais precisas para compreender como os migrantes haitianos são retratados na mídia, ou mais especificamente:
1. Quais são os acontecimentos que levam os refugiados haitianos para o noticiário?
2. Considerando que para nós brasileiros esses haitianos são “o outro”, como eles são colocados na notícia? Em que enquadramento eles são colocados nas notícias?
3. Como essas notícias jogam luz para uma questão maior, a política migratória brasileira?
Artigos como o da professora Dra. Denise Cogo nos ajudam a entender com mais nitidez e precisão os recortes que estão sendo feitos na mídia para um assunto (lembrando que sempre haverá recortes, é impossível escapar deles!) e assim, abrem alas para que possamos estudar os impactos desses recortes. E quando estudamos esses impactos conseguimos separar o joio do trigo, dando mais contorno à influência e ao trabalho da mídia, assim como abastecendo o debate com informações mais precisas. O artigo completo você encontra aqui: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistafamecos/article/viewFile/21885/13676

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