Um olhar para o fast fashion
De que maneira a oferta do varejo fast fashion – modelo de negócios baseado na venda de roupas e acessórios em ritmo acelerado – se relaciona com o nosso cotidiano?
Essa pergunta norteou Luisa Moura, graduanda da ESPM-SP em seu projeto de iniciação científica. “Para explorar essa questão, recorri aos estudos sociais e estudos do consumo, que destacam como os nossos hábitos de consumidores revelam muito sobre as nossas condiçoes culturais”, afirmou.
Nesse cenário, a moda, em particular, apresenta um alto potencial comunicativo. Por meio dela cada individuo se mostra como sujeito ao mundo – antes mesmo de começar a conversar com alguém. Escolher entre usar um tênis ou uma sandália e, mais a fundo, qual tênis e qual sandália, pode indicar uma opção por conforto, por seguir ou não tendências, por considerar ou não regras de etiqueta, dentre diversos outros fatores, deixando entrever a história, preferências, posições e aspirações dos indivíduos.
Na moda acelerada, o estoque renovado de vestimentas nas lojas funcionaria como versões atualizadas de um dicionário, que permanentemente inclui novas palavras à linguagem corrente. Pensando em vestuário como palavras, entendemos como as sutis diferenças entre uma opção e outra podem modificar o sentido da mensagem transmitida. Desse modo a dinâmica do fast fashion se aproxima da sutileza que é a leitura da sociedade contemporânea.
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