O Dia da Privacidade de Dados
A preocupação com os dados disponibilizados na rede digitais parece crescer a cada dia, sobretudo após o escândalo da Cambridge Analytca, que, se aproveitando de uma brecha legal das normas do Facebook, roubou informações de aproximadamente 50 pessoas.
O que poucas pessoas sabem, contudo, é que o dia 28 de janeiro é marcado pelo Dia da Privacidade de Dados – Data Privacy Day –, que ocorre desde 2008. Essa data foi escolhida por conta da Convenção para a Proteção dos Indivíduos no que diz respeito ao Processamento Automático de Dados Pessoais – Convention for the Protecion of Individuals with regard to Automatic Processing of Personal Data –, que ocorreu, pasmem, em 1981. A convenção ocorreu na Europa e estabeleceu certas diretrizes à coleta de dados, afirmando que ela deve ser realizada de maneira justa, por exemplo.
Com essa referência, o Dia da Privacidade de Dados foi criada nos Estados Unidos e Canada e sua proposta é, principalmente, a de conscientizar as pessoas quanto à disponibilização de dados pessoas na internet e, também, do uso que empresas e governos podem fazer deles.
Mais recentemente, em 2018, Gabriel Weinberg, o fundador da DuckDuckGo – buscador semelhante ao Google, porém não armazena nenhum dado do usuário, garantindo, assim, a privacidade digital que muitos procuram – gravou um vídeo e fez uma postagem para o site https://spreadprivacy.com, com algumas dicas para a “reconquista da privacidade digital”, que consistem, sobretudo, em utilizar menos – ou até não utilizar nunca – o Facebook e o Google.
É interessante ver o Facebook e o Google, tão naturalizados na vida de milhares de internautas que 55% dos brasileiros acham a rede social de Mark Zuckerberg é a internet, tratados como vilões a ser evitados, combatidos. Entre as dicas estão: reduzir o uso de Facebook o máximo possível; usar outros navegadores que não o Google, como o próprio DuckDuckGo; bloquear os rastreadores do Facebook e do Google; entre outros.
O objetivo deste texto era, além de informar sobre a existência de um dia dedicado a fazer refletir sobre a privacidade digital, era fazer com que o leitor se deparasse com a possibilidade de viver sem utilizar os serviços das maiores empresas relacionadas a internet do mundo. Não tenho, aqui, o papel de advogar contra ou a favor dessa ideia, apenas de trazer a reflexão.
Referências:
https://spreadprivacy.com/data-privacy-day-2018/
https://olhardigital.com.br/noticia/55-dos-brasileiros-acham-que-o-facebook-e-a-internet-diz-pesquisa/65422
https://memorialdoconsumo.espm.edu.br/2018/04/04/o-apocalipse-do-facebook-e-a-nossa-propria-queda/