Ariel, 22 anos, estudante de engenharia

ariel“Minha família é conservadora, meus avós extremamente católicos. Meu avô serviu o exercito no final da segunda guerra mundial, quando o fantasma do socialismo já assolava as academias militares. Minha vó, sempre na igreja, ouvia dos padres que o socialismo era uma obra de Satã. Na escola, lugar onde comecei a algum senso político, aprendi sobre os diferentes sistemas de governo e, dentre eles, o socialismo. Fui resistente, em um primeiro momento, mas as ideias, no fundo, muito me agradavam. Ainda na escola, ouvi falar da União Soviética – como exemplo de sociedade socialista – e sua herdeira histórica, a Rússia. Desde então o interesse por conhecer este país do outro lado do globo me tomou, mas era apenas um sonho distante. Enfim, ao final da faculdade, tive a oportunidade de trabalhar na Alemanha e logo pensei em conhecer a Rússia. A partir de então todos os meses se resumiram em procurar e planejar a tão esperada visita. Após algumas semanas de procura a data estava marcada e eu teria 5 dias na capital da Rússia; 5 dias sozinho em Moscou, no meio do inverno russo. Quando a viajem chegou, a ansiedade não poderia ser maior. Cheguei adiantado ao aeroporto e logo descobri que meu voo fora cancelado.  Entrei em pânico. Porém, após meia conversando com a companhia, me realocaram para outro voo. Na chegada, pela janela do avião, podia ver tudo congelado, apesar do escuro das 16 horas da tarde. Após o avião estacionar no pátio, senti o coração pulando no peito e, ao me aproximar da escada de desembarque, senti o vento frio que castigava a todo que desciam pelos degraus de metal cobertos de gelo. Tive a certeza de que estava exatamente onde sempre quis estar.”

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