Maria Ribeirinho, 31 anos, produtora audiovisual

Maria Fonseca

Coleciono pacotes de açúcar. Sei que é algo incomum, tanto que geralmente as pessoas demoram para entender do que se trata. Já houve quem presumiu que eu juntasse sacos de 1 kilo de açúcar. Mas meu interesse é por embalagens de saquinhos de açúcar e adoçante, daqueles ofertadas em cafeterias.
Quem começou o acervo foi meu avô, que metodicamente esvaziava as embalagens e as organizava em álbuns de selos.
Essa coleção me emociona por três fatores.  Primeiro de tudo pelo valor emocional: é algo único, que está na família há gerações.
Depois porque, quando as pessoas ficam sabendo da minha coleção tão singular, é comum que acabem por querer contribuir. Assim, sempre que meus amigos e familiares viajam, trazem levas de açúcar na mala. E acontece até de eu receber saquinhos de absolutos estranhos. Uma vez, uma colega de uma colega do trabalho soube da minha coleção e apareceu no meu departamento com um monte de novos saquinhos! Então essa coleção representa a minha família e dezenas e dezenas de pessoas que cooperaram e cooperam para que ela exista e siga crescendo.
Soube recentemente que foi um pouco desse espírito que levou meu avô a começar a coleção. Ele tinha vontade de colecionar algo, mas considerava sem graça ajuntar algo que simplesmente pudesse ser comprado: ele queria mesmo era uma garimpagem que dependesse dos amigos, da sorte e de certa dose de perícia.
Por fim, os saquinhos me seduzem pelo design. Antes de assumir a coleção, nunca tinha reparado na arte das embalagens, como algumas são realmente bonitas. Como hoje tenho saquinhos de diferentes lugares e épocas, gosto de apreciar as diferenças, os traços e características. É interessante comparar, por exemplo, saquinhos da marca União ao longo do tempo.

 
 

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